Localização

A cidade onde voamos se situa no norte do estado do Tocantins. Axixá do Tocantins está a 30km em linha reta a Oeste de Imperatriz-MA (divisa TO x MA) e a 40km em linha reta a Leste de Araguatins-TO (divisa TO x PA).

Nossa rampa está na extremidade norte da Serra do Estrondo, uma montanha solitária na imensidão plana do estado do Tocantins com aproximadamente 6km de comprimento e 800m de largura. A rampa tem 250m de desnível referente ao pouso oficial e está a aproximadamente 450m do nível do mar.

“Nossa alta temporada de voo vai de junho a setembro e é caracterizada pela seca extrema e altas temperaturas, com um aumento da intensidade do vento e considerável elevação do teto térmico.”

RECORDES

  • SOLO
  • - Distância: 279km
    - Data: 24/07/2023
    - Piloto: Antônio Adelmo (CABEÇA)
    - Equipamento: SOL Paragladers | TR-27.
  • DUPLO
  • - Distância: 181km
    - Data: 01/09/2019
    - Piloto: Antônio Adelmo (CABEÇA)
    - Equipamento: GRADIENT | Bigolden 3.
  • FEMININO
  • - Distância: 157km
    - Data: 24/08/2019
    - Piloto: Marcia Finelli (MARCINHA)
    - Equipamento: LITTLE CLOUD | Gyps 22.

VENTO

O vento tradicional na região oscila entre Nordeste e Leste, sendo mais consistente no quadrante ENE.

O vento na temporada tem uma intensidade de fraca a moderada, não ficando abaixo dos 8km/h nem acima dos 35km/h, mantendo uma média entre 15km/h a 20km/h.


NOSSA RAMPA

Além de um espaço muito amplo e adequado para decolagens com diversas intensidades de vento, temos também uma área muito segura para operação de top landing.

A saída normalmente é fácil devido ao perfil concentra-dor da parede.

A rampa tem um desnível de aproximadamente 250m. Sua topologia oferece opções mais planas no topo para decolagens com vento muito fraco ou até caudal leve e opções mais inclinadas na frente para decolagens com vento mais forte com grande escape.

O formato da parede frontal mais verticalizado ajuda demais a decolagem em dias de vento mais forte, pois a reação imediata após a decolagem é ser jogado para o alto e não para trás da rampa.


ACESSO A RAMPA

Nossa rampa está situada em uma área de preservação e atualmente não temos uma estrada até o topo. Nossos carros de apoio nos deixam no pé da montanha e uma equipe de colaboradores locais leva nossas mochilas e suprimentos para o topo - não carregamos nada na subida. Iniciamos a subida por trilhas leves de 500 metros até a rampa de decolagem e temos quartos (4) lances de escadas feitas de madeira e com corrimão para facilitar.

Entre um trecho e outro de escadas temos áreas de descanso para os que desejarem subir mais lentamente e curtindo o visual. O trajeto praticamente todo conta com sombras naturais da mata nativa e leva entre 20min a 30min para ser concluído num ritmo tranquilo.




CONDIÇÃO DE VOO

O voo começa a ser produtivo a partir das 11:00h - estamos explorando a possibilidade de sair mais cedo, mas sem sucesso ainda. As formações são constantes diariamente e surgem no horizonte por volta das 9:00h da manhã e evoluem em onda de leste para oeste caracterizando uma formação cíclica muito previsível para os voos de distância.

O teto no início do dia costuma estar por volta de 500m a 800m sobre a rampa e oscila entre 2.000m AGL a 2.700m AGL podendo chegar até os 3.000m AGL alguns dias mais secos.

As térmicas começam o dia de maneira dócil e progressiva e atingem seu auge por volta das 13:00h, durando o pico até por volta das 14:30h. Alguns dias específicos podem ser um pouco mais fortes e turbulentos, mas nada demais para um piloto com experiência em voo térmico.

Como na região sudeste do Brasil, devido à umidade alta, sempre ocorre a tradicional respirada da condição entre 12:00h e 12:30h e 13:00h e 13:30h, janela durante a qual o piloto deve evitar ficar baixo para não sofrer um pouso precoce.

O dia costuma ser produtivo até o pôr do sol, contando com alguns bolsões de calor e linhas de estabilidade e rende até aproximadamente às 18:00h.

CROSS COUNTRY

Somos felizardos por voar numa região tão propícia aos voos de distância. A região plana e com alta disponibilidade de estradas secundárias seguindo a rota de voo deixa o piloto tranquilo e focado na estratégia.

Normalmente voamos para Oeste com algumas pequenas oscilações para Sudoeste ou para Noroeste, tendo a rodovia Transamazônica como um eixo sempre à disposição para referência.

A Transamazônica segue rumo ao horizonte (W), mas subindo para Noroeste. A encontramos voando à sua direita (N) logo ao chegar a Araguatins-TO (40km) e a cruzamos próximo ao 70km, passando a voar à sua esquerda (S). Durante todo o voo temos diversas estradas de fazenda secundárias rumando no sentido da rota de voo (W) ou se conectando à rodovia Transamazônica.

No 80km, aproximadamente, olhando para a direita (N) temos uma das visões mais mágicas do voo:

O Bico do Papagáio, encontro das águas do Rio Tocantins com as águas do Rio Araguaia.

As transições oferecem um rendimento superior ao que temos nas transições feitas na região sudeste, mas não tanto como as feitas na região nordeste.

A velocidade média final dos voos pode variar entre 25km/h a 35km/h, mas isso depende fundamentalmente da objetividade de navegação do piloto e um pouco da intensidade do vento, que diminui à medida que o dia evolui e rumamos para Oeste.

No geral um piloto mediano consegue voar 100km focando apenas em voar o dia todo, o que seria um baixo grau de dificuldade. Um piloto mais avançado consegue voar 150km se arriscar um pouco e não perder tempo durante o voo. Acima dos 150km vai depender de mais arrojo, um baixo índice de erros e muita objetividade de navegação.

Nossa rampa detém o recorde de distância do estado do Tocantins, hoje em 206km, e acreditamos ser possível buscar os 300km, o que é uma marca referência para condições como a nossa, muito similar à do sudeste brasileiro.


EXPERIÊNCIA DE VOO DESEJADA

Tanto a decolagem quanto o pouso oficial são de fácil operação e acesso em variadas condições térmicas e de vento. A condição de voo e os pousos durante o XC são extremamente adequados e acessíveis para pilotos a partir de iniciante. O relevo é predominantemente plano, grandes campos abertos por toda a região, poucos fios elétricos pelas fazendas e muitas estradas secundárias de apoio.